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Eu andava de cabeça baixa, Zé. Comentando muito com meus amigos, chorando, sentindo uma falta e o que mais me falavam era pra ser feliz. Estou sendo ué, não me mandaram tanto ser feliz? Sair, beber, dormir, acordar, ler meu jornal, sentar na minha janela, fumar meu bom cigarro, tomar um banho me arrumar e sair? Mas Zé. Não me mandaram tanto ser feliz, estou sendo ué. Zé, nem lembro bem o que é amor, lembro de todas as coisas e bebidas que tenho que tomar antes do anoitecer, lembro da minha felicidade e do meu prazer. E só agora que vim entender. É isso que chamam de ser esperto, não sentir nada, dormir e acordar sem sentir nada, nadinha? Nossa, então eu sou uma ninja, Zé. Depois que me mandaram ser feliz, não tenho tempo pra sentir nada, nadica, nadinha mesmo, Zé. Bate aqui no meu peito.. Zé? Sentiu o barulho de granito? Quebrou o braço, Zé? Desculpa. É que a felicidade petrificou tudo ai, acho que ela tava mesmo era com medo de ir embora.